segunda-feira, 18 de junho de 2018

ALFABETIZAÇÃO - a criança como sujeito do ato educativo.


                                     ALFABETIZAÇÃO
                                                   


 A prática de alfabetização precisa  de qualidade formal e política.




A linguagem não é algo que possa ser aprisionado e controlado. Ela está em constante transformação. Neste sentido é necessário repensar a linguagem escrita na educação infantil, onde se deve assegurar a prática de atividades, contemporizadas no planejamento diário do fazer na sala de aula. A criança precisa estar familiarizada com as diferentes estruturas do texto escrito e dessa forma ser inserida no fantástico mundo do letramento.
Não devemos jamais esquecer o significado que as palavras devem ter para as crianças. Isso facilitará sua inserção no mundo da escrita, pois a palavra fará parte do contexto vivido por cada criança e também do coletivo daquele espaço de desenvolvimento, possibilitando assim o desafio a voos mais altos.
É importante que a criança passe a ser vista como sujeito do ato educativo. Deve-se, portanto valorizar o sucesso de cada nova descoberta realizada por elas.  Devemos estar sempre atentos às novas descobertas e trazê-las para o coletivo, como forma de socializarmos o saber que deve ser de todos. Isto, com certeza, estará colaborando para o prazer de descobrir o mundo.
Quando o educador possibilita que seus alunos “filosofem” a respeitos de questões surgidas na roda de conversa, viabiliza-se assim a interação do professor com o aluno, onde os dois constroem conhecimento. O professor desafia o aluno, respeitando seu desenvolvimento (estrutura), levando em conta seus interesses, experiências, meio em que vive etc.
Por outro lado, o aluno age sobre o objeto de conhecimento. “É a ação que dá significado, é na interação do sujeito com o meio que este se desenvolve e aprende. A filosofia surge a partir de vivências e do diálogo filosófico” (Piaget).
Devemos estar abertos e atentos às indagações das próprias crianças e não àquelas que nós, adultos, supomos que seriam suas indagações. Devemos privilegiar o processo das crianças em suas questões e não uma resposta final a uma determinada pergunta. O professor deverá então, se apropriar desta discussão e iniciar um processo coletivo, de produção textual, onde ele passará a ser o escriba da fala dos alunos. Isto sim é dar significado importante ao ato de escrever, mostrando a função social da escrita e leitura.
Se quisermos ensinar uma pessoa a ler, temos que colocá-la para ler; se quisermos ensinar uma pessoa a escrever, temos de colocá-la para escrever.

Professora Sandra Costa+



Nenhum comentário:

Postar um comentário