ALFABETIZAÇÃO
A prática de alfabetização precisa de qualidade formal e política. |
A linguagem não é algo que possa
ser aprisionado e controlado. Ela está em constante transformação. Neste
sentido é necessário repensar a linguagem escrita na educação infantil, onde se
deve assegurar a prática de atividades, contemporizadas no planejamento diário
do fazer na sala de aula. A criança precisa estar familiarizada com as
diferentes estruturas do texto escrito e dessa forma ser inserida no fantástico
mundo do letramento.
Não devemos jamais esquecer o
significado que as palavras devem ter para as crianças. Isso facilitará sua
inserção no mundo da escrita, pois a palavra fará parte do contexto vivido por
cada criança e também do coletivo daquele espaço de desenvolvimento,
possibilitando assim o desafio a voos mais altos.
É importante que a criança passe
a ser vista como sujeito do ato educativo. Deve-se, portanto valorizar o
sucesso de cada nova descoberta realizada por elas. Devemos estar sempre atentos às novas
descobertas e trazê-las para o coletivo, como forma de socializarmos o saber
que deve ser de todos. Isto, com certeza, estará colaborando para o prazer de
descobrir o mundo.
Quando o educador possibilita que
seus alunos “filosofem” a respeitos de questões surgidas na roda de conversa,
viabiliza-se assim a interação do professor com o aluno, onde os dois constroem
conhecimento. O professor desafia o aluno, respeitando seu desenvolvimento
(estrutura), levando em conta seus interesses, experiências, meio em que vive
etc.
Por outro lado, o aluno age sobre
o objeto de conhecimento. “É a ação que dá significado, é na interação do
sujeito com o meio que este se desenvolve e aprende. A filosofia surge a partir
de vivências e do diálogo filosófico” (Piaget).
Devemos estar abertos e atentos
às indagações das próprias crianças e não àquelas que nós, adultos, supomos que
seriam suas indagações. Devemos privilegiar o processo das crianças em suas questões
e não uma resposta final a uma determinada pergunta. O professor deverá então,
se apropriar desta discussão e iniciar um processo coletivo, de produção
textual, onde ele passará a ser o escriba da fala dos alunos. Isto sim é dar
significado importante ao ato de escrever, mostrando a função social da escrita
e leitura.
Se quisermos ensinar uma pessoa a
ler, temos que colocá-la para ler; se quisermos ensinar uma pessoa a escrever,
temos de colocá-la para escrever.
Professora Sandra Costa+
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